Desenho e Imagem.O Ensino do Desenho na FAUP. Vitor Silva

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1. Desenho e Imagem. O Ensino do Desenho na FAUP. 


1.
Em 2008, com a aposentação do Professor Catedrático Joaquim Vieira, concluiu-se um importante capítulo da história recente do ensino do Desenho na FAUP.
Ao longo dos anos de actividade, como docente e pintor, o Professor Joaquim Vieira protagonizou, na vida da ESBAP (2ª secção) e da FAUP, um percurso excepcional assente, sobretudo, na reivindicação de um campo autónomo e disciplinar do Desenho. Para tal, contribuiu com a sua experiência e saber mas também, com a sua dedicação, rigor e empenho, quer para o aprofundamento do estudo das práticas pedagógicas, quer para o esclarecimento da especificidade, muito particular, da investigação científica dedicada ao Desenho.
Hoje, importa lembrar que este ciclo, sob o ponto de vista científico e pedagógico, se mantém, no essencial, em aberto, mas fiel e em continuidade com o carácter disciplinar que nas ultimas décadas viu consolidar os princípios fundadores e as consequências práticas do ensino do Desenho na FAUP. Este ciclo reporta-se a uma duradoira experiência do ensino do Desenho que foi levada a cabo através da dupla visão idiossincrática, viva e contrastante, dos Professores Alberto Carneiro e Joaquim Vieira, os quais, durante anos, orientaram e coordenaram as regências das disciplinas de Desenho I, Desenho II e Desenho da Arquitectura.
Lembro, ainda, o contributo, a todos os títulos singular, do Professor António Quadros e de todos aqueles que, ao longo dos anos e em diferentes contextos, ajudaram a consolidar esta experiência, em particular, os Professores José Grade, Luísa Brandão, Francisco Providência, Paulo Frade, Pedro Maia e Marta Seixas. Mais recentemente, devo mencionar, os docentes José Maria S. Lopes, Armando Ferraz, José Manuel Barbosa, Luís Lima, que ao longo destes últimos anos mantiveram uma estreita relação de trabalho e de partilha de responsabilidades no campo da pedagogia do desenho na FAUP.

Desde os “longínquos” anos 70 do século XX, a acção conjunta, posta em prática por Alberto Carneiro e Joaquim Vieira, permitiu marcar, de maneira inequívoca, o ensino do desenho na ESBAP/FAUP contribuindo em definitivo para a história da Instituição.
Julgo que, a seu tempo, ter-se-á de fazer, com justiça, para além do simples testemunho ou da memória pessoal, a história deste ensino, não para resgatar ou restaurar com nostalgia o passado mas para restituir às exigências do presente o conteúdo daquilo que constitui o sentido de um percurso singular da experiência pedagógica.
Considero, porém, chegada a hora de inscrever uma breve memória da experiência do ensino do desenho na FAUP, não porque seja propícia a excepcionalidade do momento mas, antes, porque sinto que esta memória pode partilhar da impertinência que se vive diante das transformações do nosso tempo, considerando, em primeiro lugar, a discussão do «futuro» plano de estudos, sob o olhar ciclópico de Bolonha e, em segundo lugar, a perspectiva avassaladora das «novas» tecnologias, promovida pelo paradigma da cibernética e pela cultura global da informação generalizada.

2.
A existência do ensino do desenho na FAUP exprime um dos aspectos da identidade e do reconhecimento da Escola do Porto, considerando os equívocos e as contradições que ela mesma comporta. Na realidade, a cultura pedagógica da FAUP há muito que soube construir, entre as lições da arquitectura moderna portuguesa e a tradição das Belas-Artes, um lugar de destaque entre as demais Escolas de Arquitectura do país. No panorama nacional e internacional, a firmeza das convicções pedagógicas do ensino do Desenho têm constituído uma referência no contexto mais alargado de outras Escolas e Faculdades. Não porque o ensino do desenho na FAUP se tenha constituído um paradigma ou uma excepção mas sim porque são reconhecidas as consequências e os efeitos concretos da sua experiência na definição do curso e na formação dos estudantes.
Contudo, a singularidade da relação que o desenho soube criar e tem vindo a desenvolver, não sendo um espaço isento de conflitos e de contradições, nem imune à crítica, reflecte sobretudo a condição da sua diferença e da sua ideia no contexto mais vasto e complexo do ensino da FAUP.
A natureza dos programas e das didácticas desenvolvidas, no âmbito dos sucessivos planos de estudos, ao longo dos últimos anos, são o testemunho de pressupostos teóricos e de propósitos didácticos que souberam, sempre, distinguir e articular a problemática das suas matérias, dos seus conteúdos e dos seus fins disciplinares.
O ensino do desenho na FAUP tem permanecido assim um campo de exigência disciplinar, teórica e prática, cuja especificidade, integrada e conjugada no ensino da Arquitectura, não reside nos meros efeitos de interdisciplinaridade mas no carácter próprio da sua natureza, aberta à multidisciplinaridade dos saberes e à transversalidade das suas funções e competências pragmáticas.
O ensino desenvolvido pelos Professores Alberto Carneiro e Joaquim Vieira ajudou a consolidar, ao longo de três décadas, o consistente conjunto das acções pedagógicas e críticas do desenho, em sintonia com os temas da representação do espaço e da concepção figural do projecto em arquitectura; resultado de perspectivas e de expectativas, nem sempre coerentes ou compreendidas, mas longamente reflectidas e assumidas, quer nas suas episódicas dissensões quer nas suas consequências práticas.
A existência Desenho na FAUP poder-se-á definir, sem falsas promessas, como o lugar propedêutico de competências instrumentais, metodológicas e sistémicas determinantes, exigíveis para a formação específica do estudante de arquitectura.
O domínio da observação e da representação, o âmbito da análise e da síntese das formas, o entendimento das relações de escala e de proporção, o estudo da organização e da composição dos espaços, o campo da experiência artística e da interpretação estética, o sentido conceptual e a dimensão expressiva das representações, a determinação instrumental e a condição metodológica constituem questões nucleares que a pedagogia do desenho procura estimular e desenvolver.
As disciplinas de desenho souberam por isso (e sabem ainda) reconhecer que a importância da articulação existente entre os diferentes âmbitos disciplinares do ensino da arquitectura e, em especial, com a área de Projecto, permite potenciar o sentido e a eficácia do seu ensino, promovendo a sua intenção e economia operativa.

De um modo consciente, face aos novos desafios que se avizinham, a pedagogia do Desenho na FAUP, fiel ao sentido da sua pertinência e organização disciplinar, sabe também que a questão central onde se joga a formação em desenho abarca há muito um domínio muito mais vasto e problemático: o da imagem.
Acreditamos que, consideradas as dúvidas e as contradições das actuais condições do ensino (Processo Bolonha) e da arquitectura contemporânea, a FAUP vive a implicação crítica de novos paradigmas epistemológicos e a implícita relação de novos desafios. O debate actual organiza-se de acordo com novos posicionamentos doutrinais, teóricos e críticos, que englobam, necessariamente, o mundo das novas tecnologias e experiências imagéticas. Contudo, sabemos que outros imponderáveis tais como a situação económica, social, política e cultural da nossa sociedade perfazem a ‘totalidade’ dos pontos de vista sobre o debate.
A continuidade ou a ruptura com a cultura pedagógica e científica existente pressupõe, portanto, uma interpretação crítica dos seus modelos fundadores ou doutrinários bem como a reinvenção das ideias que devem sustentar, ou não, o posicionamento de cada um e o posicionamento comum perante a situação actual.
Pela minha parte, creio que o debate passa necessariamente por uma reflexão conjunta de todos os docentes, sobre aquilo que fazemos e aquilo que podemos vir a fazer, consideradas as circunstâncias formais e as limitações definidas pelo plano de estudo em curso ou por aquele que há-de vir.
Proponho, a partir deste contexto, cruzar uma série de questões conceptuais e de problemas práticos onde se move, com as dificuldades que lhe são intrínsecas, a actualidade do ensino do Desenho na FAUP.

3.
Em certo sentido, hoje, a questão da imagem exige uma maior interpelação crítica, tendo em conta o entendimento das suas condições pragmáticas e a complexidade dos modelos teóricos, conceptuais e comunicativos, com a qual se entrecruza o seu motivo específico: o ensino da arquitectura. Neste âmbito, as práticas do desenho compreendem um campo produtivo da experiência imagética e da aprendizagem visual, as quais se projectam, também, enquanto processos particulares da história e do movimento das imagens, expressões singulares de um retorno (ou de um relançamento) da experiência primordial da representação e da interpretação do espaço.
Na realidade, parece que sempre foi assim. O desenho mantém uma intensa articulação construtiva e pedagógica com o mundo das imagens, permitindo incorporar a experiência empática dos sentidos e das sensações perante a realidade das formas e a (in)determinação do espaço. Enquanto imagem primordial, “imagem primeira”, o desenho obedece aos requisitos elementares da experiência, material e psíquica, que gera, por um lado, a emoção, a empatia dos traços, das expressões, da representação e, por outro, a atenção (a tensão crítica) sobre o fazer e a intencionalidade das próprias imagens.
No choque que implica a convivência ou a disputa com o mundo acelerado e espontâneo de novos instrumentos e meios de representação, o ensino do desenho pressupõe um percurso de formação que exige um outro tempo para fazer e para pensar. Ao invés da aquisição circunstancial e trivial de códigos, de meios e de suportes electrónicos, a condição manual e artística do desenho envolve processos de observação e de medida, procedimentos de análise e expressão, movimentos de concepção e comunicação que exigem uma morosa e duradoira aprendizagem.
A fotografia, o desenho assistido por computador, o rendering e ou a animação 3D não substituem o desenho nem a lógica da sua longa ( lenta, mas dinâmica) condição técnica e expressiva. Aliás, observa-se, sem grande estranheza, como as novas representações do espaço e das arquitecturas, resultantes das técnicas de informação e comunicação, imitam e reproduzem modelos visuais e imagéticos já conhecidos, ao mesmo tempo que parecem ignorar a condição processual, estética e temporal que, há muito, nelas se joga como parte integrante da sua história e cultura visual.

Desenhar, fazer desenhos, significa captar uma relação do real que se auto-constitui enquanto processo, expressão e ideia das imagens. O processo exige o tempo, a relação temporal, a memória e o presente da acção; a expressão implica a relação emotiva, o pathos e a duração da sua potência e necessidade; a ideia existe como multiplicidade do real, como o devir de uma nova experiência das formas, das figuras, do espaço. Desenhar conjuga por isso a relação paradoxal das suas figuras e representações: o impulso e o atrito da sua construção imagética. Nesta medida, desenhar exige o enquadramento daquilo que se furta a uma mera definição genérica ou adequação analítica. A sua condição eminentemente não-verbal não é irredutível a um qualquer discurso, prévio e definido, mas é propiciadora de uma pluralidade de sensações e de sentidos. Desenhar permite abrir o olhar à surpresa daquilo que é figurado ou representado. Ao disciplinar o olhar e a mão, permite compreender a relação do visível com o pensamento e apreender, através do tempo, a incorporação de um modo (sinestésico) de existir-diante-das-imagens.
Desenhar implica, de facto, re-apresentar; considerar e conhecer formas, figuras e modos de expressão como maneiras de captar e enquadrar um aspecto (um ver, um olhar) dessa vasta e contínua variabilidade que se “define” como espaço.
A representação do espaço é, portanto, uma imagem que configura o duplo jogo da confiança e da incerteza, do desejo e da dúvida das formas, o qual consiste em apreender e em devolver, de modo surpreendente ou crítico - simultaneamente «destrutivo» e criativo - as possibilidades infinitas do espaço.
Desenhar suscita deste modo uma atitude formativa e construtiva, um encontro com os problemas e as soluções que estimulam a sua própria intenção e economia operativa. A capacidade de visualização - de representar, conceber e comunicar - propõe-nos um modelo, material e instrumental, prosaico mas conceptualmente muito exigente e sofisticado. Este “modelo” confere às imagens do desenho não o domínio da “modelação” através de um menú ( o permanente movimento previsível, assistido digitalmente) mas o pensamento simultâneo e contraditório, da forma e do conteúdo, do finito e do infinito, da figura e do enquadramento, do olhar e da mão, do pensamento e do corpo que, nele e através dele, se imagina, se apreende e compreende.

4.
A incorporação da experiência gráfica define dois planos da sua formação e compreensão: por um lado, a interioridade e a confiança operativa, por outro, a expressão e a “desconfiança” crítica nas imagens. A interiorização da experiência temporal do gesto e das competências manuais compõe-se perante a condição instável e projectiva de um desejo de imagem que se consome na sua própria urgência de sentido e significação. O desenho é sob o ponto de vista processual uma temporalização (intensiva) de modos operativos e uma explicitação (extensiva) de conteúdos instáveis. Um ‘modo’ de intuir e de conjecturar formas e espaços. A competência em fazer desenhos colide inevitavelmente com a exigência em pensar o seu significado e o seu campo de acção. Representar coincide com a “origem” da acção projectual porquanto se constitui o plano de interacção entre a vontade de desenho e a necessidade de conhecer e transformar. Imaginar, inventar, conceber, exige considerar as imagens e os processos do desenho ao mesmo tempo que exige a descoberta e a adequação de uma metodologia operativa e criativa das representações.
As relações com os problemas oriundos das práticas projectuais são por isso incontornáveis e merecedoras de uma atenção redobrada. Diante dos problemas do projecto, as práticas do desenho encontram o terreno prodigioso da sua ‘dependência’ ou ‘independência’ operativa. Porque só ali, as imagens do desenho e, mais precisamente, as suas inúmeras configurações gráficas - do desenho ‘à mão levantada’ até ao desenho rigoroso - podem participar, ou podem não participar, nos processos de concepção da arquitectura. A dupla face desta condição operativa do desenho, ora do lado das suas imagens, ora do lado do projecto, traduz a existência de uma simultânea contradição entre necessidade e pertinência, entre expressão e eficácia.

De acordo com o actual plano de estudos, a existência das unidades curriculares de desenho, em particular Desenho I, permite sistematizar a componente instrumental e expressiva, com o propósito de criar competências específicas de observação e de registo, fundamentais para o domínio da imaginação das formas e dos espaços. A base propedêutica e formativa de Desenho I permite ao aluno adquirir um domínio sobre os diferentes modos de representar, habilitando-os para o confronto directo com as questões projectuais.
Desenho II, que dispõe de muito menos tempo de trabalho e estudo - na impossibilidade prática de considerar o vasto universo das representações gráficas e conceptuais do projecto -, centra a sua pedagogia no exercício crítico de um único sistema de representação: a perspectiva. Pretende-se através da perspectiva aprofundar o sentido e o significado operativo de uma imagem que conjuga em si mesma uma longa historicidade e intencionalidade visual. Pretende-se, sobretudo, promover o entendimento da função das imagens do espaço na relação directa com a análise e a concepção figural do projecto de arquitectura.
Com a unidade curricular optativa do 3º ano, Figura Humana e Representação do Espaço, pretende-se corresponder ao ensejo de criação de um atelier onde as questões expressivas do desenho e da figuração do corpo e do espaço sejam capazes de aprofundar os sentidos da medida e da sensação intrínsecos à criação da hipótese figurativa e arquitectural.
A existência sequencial das unidades curriculares que fazem parte da área de desenho – entenda-se apenas o seu campo estrito - distribuídas no actual plano de estudos, mantém, no essencial, um modelo equilibrado entre aquilo que é o estudo fundamental do espaço e o exercício primordial das suas representações e configurações sensíveis. As diferentes unidades curriculares permitem articular e relacionar distintos saberes e práticas, onde o papel da imagem e da sua construção prática faz apelo ao seu carácter eminentemente teórico e crítico.
Muitas das variantes pedagógicas, ao longo das últimas décadas, têm procurado alargar o âmbito específico da didáctica, no sentido de contrariar o encurtamento dominante dos tempos lectivos, as horas de contacto. A atenção prestada ao domínio da didáctica e dos exercícios tem-se revelado fundamental como procedimento de ensino. Importa saber o que queremos ensinar e o que podemos ensinar, sem interpelação retórica ou demagogia. O desenho, sim, ensina-se e aprende-se. A relação da aprendizagem faz-se em relação a alguém e na relação com alguma coisa. A incidência prática reitera a importância do fazer. E, do tempo para fazer. O tempo para avaliar, para estabelecer critérios, para reconhecer o sentido e o significado da própria aprendizagem.
Contudo, penso que as coisas não vão apenas por si, pela implicação prática, seja ela a mais experimental. Porque mesmo esta necessita de tempo.
Efectivamente, o tempo das unidades curriculares de Desenho é uma condição fundamental do seu ensino. É necessário tempo para fazer e tempo para pensar. Sem esta condição, a pedagogia do desenho corre o sério risco de se tornar apenas um ornamento disciplinar, uma prática residual, ou pior, uma mera exibição de efeitos, uma habilidade, sem outras consequências na formação do estudante de arquitectura.

5.
Importa saber se as práticas do Desenho são capazes de dar continuidade ao imperativo de uma reflexão mais vasta onde se joga, para todos os efeitos, ainda e sempre, o tema da imagem. Com efeito, se as imagens são uma condição de suporte da experiência e da interpretação em arquitectura, parece-me essencial considerar o estudo das suas fórmulas de mediação, de transmissão e de expressão.
Perante o universo avassalador das imagens, operado pela maravilha das novas tecnologias ao alcance de todos, constata-se a existência de um nova iliteracia do presente promovida por uma difusa ansiedade no futuro. A todo o custo, procura-se a onda do reconhecimento e o surfar vertiginoso sobre os fluxos imagéticos. A confiança nas imagens define este impulso de equilíbrio, enquanto a voragem nos atira para uma instantânea postura acrítica. Uma pedagogia da imagem exige necessariamente uma reflexão teórica sobre o estatuto imagético da cultura visual que nos rodeia. Porque importa, sem atavismos disciplinares ou epistemológicos, compreender, através da prática, da história e da teoria, a natureza dialéctica das imagens e o sentido da sua «promessa» formativa e crítica.
As unidades curriculares de Desenho não cumprem este objectivo embora o compreendam como horizonte de uma reflexão que lhe é própria, constituindo a base da sua própria «origem» e o processo do seu «destino» pedagógico e crítico .
No ensino da FAUP, a reflexão sobre as imagens decorrerá, naturalmente, do projecto, da construção, da teoria e da história da arquitectura. Mas é este carácter natural e espontâneo da reflexão que importa pensar. Porque faz falta pensar a natureza ( e o reflexo) das imagens perante a sua própria condição funcional e imaginativa. Ou seja, pensar as imagens face à determinação da sua lógica operativa, perante a imaginação. E, isto, porque importa criar a dinâmica de distanciamento e de proximidade que entrelaça o dispositivo da sua produção, entre necessidade e acaso, realidade e ficção, espaço e figuração. Porque faz falta pensar a relação do real – o pensamento - que as imagens intrínseca e extrinsecamente mas, também, equivoca e contraditoriamente, constituem.

Vitor Silva,
FAUP, outubro de 2011
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